ALAN WAKE, entre a luz e a escuridão

Tentando reconstruir sua vida, Alan volta a escrever, desta vez um livro sobre seus pesadelos. Isolado, ele começa suspeitar que suas palavras começam a se manifestar na vida real, trazendo para nossa dimensão as mesmas forças que o assombram no mundo dos sonhos. Logo Bright Falls é tomada por criaturas monstruosas e o escritor é o único que pode resolver o problema.

THE 39 CLUES: O LABIRINTO DOS OSSOS, a busca por um tesouro que pode mudar o mundo.

Imagine se você descobrisse que faz parte de uma família de personalidades que mudaram a história. E imagine se, no minuto seguinte, você tivesse que escolher entre herdar um milhão de dólares ou a primeira de 39 pistas para encontrar o maior tesouro do mundo. Essa é a decisão que os órfãos Amy e Dan Cahill devem tomar em apenas cinco minutos.

THE WOLF AMONG US EP1, velhos contos de fada vistos por um novo angulo.

Baseado nas histórias em quadrinhos da série Fables, The Wolf Among Us será uma aventura dividida em cinco capítulos, no tradicional estilo da produtora Telltale Games. Assumindo o papel de Bigby Wolf, o Lobo Mau, os jogadores entrarão em um novo mundo de fabulas mais adulto e moderno que o das antigas fabulas infantis ondeserão responsaveis por desvendar ao lado de Branca de Neve uma serie de assassinatos.

PLAYLIST N. 1 - Dia Internacional da Mulher

Dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e, sem mais delongas, trago aqui para vocês uma ou outra música. Músicas ora dedicada alguma mulher, ora sobre alguma mulher, ora que tenha o nome de uma mulher em seu título, de algumas bandas que eu costumo ouvir e que tenham me vindo à mente no momento. Então... É isso, espero que gostem desta breve lista, não muito específica e procurando ser diversa em si. Espero que curtam o som.

THE LAST OF US, uma jornada unica no mundo dos games.

Em The Last of Us, game de ação da produtora Naughty Dog exclusivo para PS3, os protagonistas Joel e Ellie lutam para sobreviver no ambiente hostil de um mundo destruído por uma terrível praga.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Histórias para ler no cemitério

   "A senhoria", é um conto de Roald Dahl que faz parte do livro "Histórias para ler no cemitério", de Alfred Hitchcock. Embora curto - como geralmente se espera desse gênero textual, o conto cumpre o que promete: traz certa tensão e imerge o leitor no suspense da história. 
O narrador conta sobre um jovem chamado Billy Weaver, de 17 anos, que parte de Londres para Bath com a intenção de procurar um trabalho no dia seguinte logo cedo. O lugar fora indicado pelo seu chefe de Londres, que pediu que Billy contatasse o gerente da matriz de Bath. O jovem tem então que procurar um lugar para passar a noite. A caminho do Bell and Dragon, que fora uma indicação do porteiro da estação de trem, ele encontra uma casinha com os seguintes dizeres na janela "CAMA E CAFÉ DA MANHÃ". O que o leva a ficar por ali de início ele não sabe, mas o desenvolver da trama deixa claro que não fora mera coincidência... 
   A história é muitíssimo interessante, bem escrita, leve e sem palavreado complicado. Para amantes do gênero policial/drama e/ou suspense/terror, é com certeza indicada. Além disso, por não ser tão pesada, é indicada até mesmo pra quem não gosta de contos de terror - por serem aterrorizantes demais, o que não é o caso.
Uma única coisa me incomodou - particularmente. Eu esperava mais do final, ou do conto em si. Estava totalmente empolgada e poderia ler mais sobre tudo o que aconteceu, poderia ler por dias e dias. E então... o conto acabou. Tudo fez sentido, o pânico instalado: o suspense e terror funcionaram. Mas, a meu ver, poderia ter sido mais emocionante. 
   Porém, como opiniões são importantes, mas não regem o mundo, fica a dica. Continua valendo a pena, mesmo com esse pequeno detalhe. Recomendo!

Nota: 8,9

DOWNLOAD

- N.M -

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Alice in the matrix land

Essa história começa com uma dor de cabeça. Não era muito incomoda, mas era como pontadas, daquelas que incomodam nos primeiros cinco minutos, e nas próximas duas horas te fazem ter vontade de arrancar a própria cabeça. Foi assim que Alice encarou as duas aulas de física daquela manhã. Com uma vontade aluscinante de mandar o professor calar a boca. Por fim, já desesperada, tentou ser educada ao pedir para ir à enfermaria: "Minha cabeça está doendo muito, posso ir à enfermaria?" - ela quase gritou. Era meio obvio que estava impaciente.
Fato curioso: a enfermeira era sua mãe. O que tornava situações como essa muito menos constrangedoras, embora impossibilitasse "falsas doenças" para fugas. "Mãe, eu vou explodir. Serio. Me dê o mais forte que você tiver para dor de cabeça, por favor.". Ela sorriu. E Alice quase viu um certo cinismo em seu olhar. Mas pensou que talvez seria só essa dor de cabeça terrível. A mãe entregou-a duas pílulas grandes, uma pequenininha e um copo de água. Alice deitou-se na maca da enfermaria e ficou por lá, esperando a dor passar. Sua mãe acariciava de leve seu cabelo, sentada ao seu lado.
Uma garota entrou alguns longos minutos depois, meio pálida. Ela foi deixada de lado, mas compreendia. Elas se encaminharam para outra ala da enfermaria, para cuida-dos privados e Alice ficou sozinha. Começou a se sentir melhor alguns minutos depois, o que foi incrivelmente glorificante. "Manhê!, tô melhor, tô voltando pra sala!". Sua voz ecoou pela sala e um arrepio percorreu sua espinha. Não obteve resposta, mas imaginou que ela estava apenas ocupada com a outra garota. Os corredores ao seu redor pareciam muito mais frios e silenciosos. Espiou sua sala... mas ela estava vazia. "OI? A AULA ACABA MAIS CEDO E NINGUÉM ME AVISA!?". E por fim, uma gargalhada. Era ótimo, não importava se não tinham-na avisado. Ela caminha em direção a saida, mas então se lembra que sua mochila tinha ficado na enfermaria. Ao se virar para tomar o caminho de volta: um baque e alguém a derruba. Meio tonta, ela levanta o olhar para o meliante. Um garoto dos olhos vermelhos e sardas abundantes a encara. Meio segundo e seu rosto se vira para seu relógio de pulso. E novamente para ela. Ele a ajuda a levantar, um olhar de desculpas. Mas também, preocupado. Ele continua encarando o relógio sempre que pode. E, depois disso, corre novamente. "Ei, que aconteceu com seus olhos?" - ela tenta acompanhá-lo. "OI, TERRA CHAMANDO ESTRANHO!" - e ela logo percebe que foi muito, muito mal educada falando aquilo. "Oh, perdão! Acho que você está atrasado, não é? Tudo bem, pode ir..." - ela observa o vermelho correr e correr até desaparecer por uma parede. "Mas que diabos...". Ela fitava a cena de olhos arregalados. Se a vida fosse um filme, daqueles que repetem cenas absurdas em câmera lenta, essa seria uma delas, com certeza. Ela se aproximou da parede, tocou-a. E sua mao inteira atravessou o muro para sabe-se lá onde. E então ela foi simplesmente sugada, sem opção. Caiu com força numa grama macia e felpuda. Quase um tapete. Tateou o muro mas fosse a mágica que fosse havia a prendido ali. E ela estava começando a sentir algo estranho dentro de si. "Acho que são aqueles remédios... E isso e um sonho. Será que minha mae tentou me drogar?" - ela divagava alto, e nada naquele lugar parecia disposto a responde-la. Foi então que ela viu, fumando embaixo duma arvore ali por perto, uma garota. Os cabelos negros caiam leves ate a altura da cintura. As roupas coloridas, um sorriso de calma em seu rosto. Alice caminha ate ela. "Com licença, onde estamos?".
 A fumaça que saia do seu cigarro respondeu por ela. "O mundo dos indecisos" - Alice leu em voz alta. - "Mas sobre o que estou indecisa, então?". A moça encarou-a como se a resposta fosse obvia, mas, ao ver que a duvida no semblante de Alice só aumentara, desviou o olhar ao castelo que apontava no horizonte. A fumaça escrevia novamente. "Vá ver a rainha e diga a ela que suas dúvidas a chamam.". Alice foi tomada por um certo desespero. Quanto tempo aquilo duraria? Ela queria muito voltar para casa. Como se lendo seus pensamentos, novamente a moça/fumaça socorreu-a: "E a única tentativa de saída possível". Tentativa. A presença daquela palavra não ajudou muito a acalmar os ânimos de Alice. Cordial, ela agradeceu e decidiu que tentaria. E faria sua mae pagar por fosse o que fosse. Se aquilo era um sonho ou não, aquele incomodo parecia real o suficiente para fazê-la crer que deveria sair dali.
Horas de caminhada se passaram, mas Alice se sentia como se nada em seu corpo tivesse mudado. Não havia em si nenhum traço de cansaço ou fome, e ela estranhava a cada segundo mais todo aquele lugar. Por fim, ela avista a entrada do castelo. O guarda sorri ao vê-la. Um sorriso duvidosamente... Malicioso. Como se sentisse um prazer sádico pela sua chegada."Por favor, eu gostaria de ver a rainha". O soldado guiou-a por todos aqueles aposentos grandes demais até o salão principal. "Oh, ilustre rainha" - Alice fez uma reverencia, tentando demonstrar respeito. "venho ate a ti pois minhas dúvidas me chamam!". E Alice presenciou mais um dos olhares sádicos. Viu então um outro soldado ser enviado para cuidar dela e das suas dúvidas desconhecidas. Ela foi então encaminhada para uma sala, onde foi largada sozinha. Foi possível ouvir o trancafiar da chave. Ela olhou ao redor e tudo que viu foi uma caixa intitulada "Planeta numero três", duas pequenas garrafas, um bilhete e o que parecia ser uma porta para gigantes.
Ela encaminhou-se ate o bilhete e leu-o. "A azul te deixa maior. A vermelha, menor." Olhou em volta. Aproximou-se da porta gigante e tentou olhar por debaixo da mesma. Era muito escuro. Porem, ela ouvia vozes ao longe comentando sobre um tal planeta três que precisaria ser cuidado em breve. Examinou então, a caixa. Dentro dela orbitava algo semelhante ao que diziam der o planeta Terra. Mas muito. Muito menor. Alice podia sentir a duvida dentro de si:  qual deles era teu mundo? Ou, além: Qual deles era o melhor para se viver? Ela deixou o tempo passar enquanto refletia, duvidosa. E em duvida permanecia, quase um quarto mundo de tal em si fechada. Ela acaba por decidir pela pequena terra. Por se parecer com a terra mesmo. Decide reler o bilhete para se assegurar de tomar a garrafa certa, e então nota algo escrito em pequenas letras na beira da folha: "E as que sua mãe te deu? Elas não fizeram nada... Quem você vai culpar agora?". Ela olha em volta, o coração palpitando. A porta gigante se abre e ela se esconde, tremendo. Um homem cuja face Alice sequer via cuidava do planeta pelo qual Alice optara. Quase como se um... Brinquedo dele. Sorri, e depois fecha-se de novo. Alice treme. É que ela so agora se lembrou que sua mãe morrera na semana passada.
N.M., "É que se não são sonhos, são o que? Ilusões  do dia a dia? Seria o mundo simplesmente um jogo de números binários?"

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Bling Ring: A Gangue de Hollywood


Título: Bling Ring: A gangue de Hollywood (The Bling Ring)
Dirigido por: Sofia Coppola
Duração: 1h30min
Gênero: Drama

Bling Ring, lançado em agosto de 2013, conta a história de um grupo de adolescentes que vive em LA, de certa forma bem financeiramente e com pais que não dão a mínima para o que eles fazem. Guiados pelo espírito hollywoodiano de glamour e poder, eles resolvem testar uma invasão a casa da Paris Hilton, que supostamente estava fora da cidade para um evento. E, pasmem!, deu certo! Simples e fácil: a chave estava embaixo do tapete da porta. A 'visitinha' rendeu um pequeno furto, que, por ter sido bem sucedido, incita os jovens a praticar outros delitos. O mais emocionante da história? Ela é toda baseada em fatos reais! Em 2008-2009 um grupo de adolescentes REALMENTE invadiu e roubou inúmeras residências de famosos em LA, com essa mesma facilidade retratada no filme. 





    A guange de Hollywood indo às compras no pós roubo.
Os adolescentes invadem as casas num curto período de tempo, movidos pura e simplesmente pela ideia de que não seriam pegos, além do fascínio pelo dinheiro e luxúria. Estima-se que os jovens roubaram algo na casa dos três milhões dos diversos artistas que 'visitaram'. O filme narra suas aventuras pelas casas, bem como os interrogatórios a quais foram levados posteriormente. Nicki (Emma Watson), Marc (Israel Broussard), Rebecca (Katie Chang), Sam (Taissa Farmiga) e Chloe (Claire Julian) dentre outros jovens, visitam até mesmo a casa da baladíssima Lindsay Lohan, a qual fazem, ironicamente, companhia de cela posteriormente!

O mais marcante, a meu ver, do filme, é o cinismo como agem alguns dos jovens posteriormente. Dando entrevistas fajutas e se portando como bons moços, tentando colocar a culpa toda em apenas uma pessoa, ou até mesmo como um dos jovens nem ao menos é pego, já que nenhuma câmera de segurança o filmou. A 'cara de pau' com que eles se passam de santos na frente das câmeras é terrível, ainda mais quando comparada a forma como se gabavam dos roubos anteriormente.

O filme não tem lá grandes efeitos ou cenas marcantes, mas é minimamente interessante partindo da sua ideia proposta. Vale a pena parar pra ver! ^.^

sábado, 26 de abril de 2014

The Last Of Us

TITULO: The Last Of Us
GÊNERO: Survival Horror
DESENVOLVEDORA: Naught Dog
SUPORTE: 1 Jogador/Multiplayer Online
LANÇAMENTO: 14/06/2013
MÍDIA: Digital/Fisica
PLATAFORMA: PS3

   Quando ouvi falar de The Last Of Us pela primeira vez em um trailer da E3 logo pensei que a Naught Dog estava tentando levar Uncharted ao mundo do survival horror. Era impossível não associar um jogo ao outro porem a medida que novas informações foram sendo liberadas TLOUS mostrou que tinha uma identidade própria e ao contrario das suposições iniciais nada tinha em comum com seus dois irmãos mais velhos Uncharted 1 e 2, já consagrados no mundo dos jogos. Para começarmos eu irei dar um aviso, se voce esta acostumado a jogos de tiro desenfreado ou aos novos jogos do gênero survival horror que mais parecem um tps The Last Of Us sera uma quebra de paradigma. O jogo incentiva o jogador a se manter calmo e cauteloso a todo momento deixando evidente que qualquer movimento mal calculado pode ser o ultimo. Completamente imersivo em historia e ambientação TLOUS é uma perola da sétima geração de consoles e merecidamente um "Game of the Year".

   Como o gênero indica The Last Of Us é um jogo de sobrevivência e não de ação desenfreada embora o
game em determinados momentos se torne mais intenso obrigando o jogador a agir e tomar decisões rapidamente. Acompanhamos a jornada de Joel, um sobrevivente da pandemia que destruiu o mundo e Ellie, uma garota nascida no mundo pós apocalíptico. A historia toma como base a evolução de um fungo parasita cordyceps capaz de infectar seres humanos transformando-os em zumbis que atacam qualquer criatura viva ao seu redor. A população mundial foi dizimada e os sobreviventes ou se contentam em viver dentro das zonas de quarentena em regime militar ou como fugitivos em meio aos infectados onde precisam roubar e matar para sobrevier.

 
 Joel é um sobrevivente que ao lado de sua companheira Tess trabalham como contrabandistas de armas para dentro da cidade onde as revendem em troca de tickets de comida e favores. O mundo já destruído se torna um caos ainda maior quando um grupo que se auto intitula como "Os Vagalumes" inicia uma serie de ataques contra o governo ditatorial e é em um desses ataques que o protagonista da nossa historia encontra Marlene, a líder dos Vagalumes, que em troca de devolver algo pertencente a Joel pede que ele faça um trabalho, Levar uma mercadoria ate o outro lado da cidade. É nesse ponto onde conhecemos Ellie, a segunda protagonista e a alma do jogo. TLOUS basicamente consistem em uma grande viagem pela America em busca da base dos Vagalumes onde Joel deve levar Ellie porem o que realmente importa aqui não é o fim e sim como a historia se desenvolve.

   Começando como dois desconhecidos ate criarem laços extremamente profundos toda a experiencia do
jogo é voltada para os sentimentos e emoções dos protagonistas, dos coadjuvantes e ate mesmo do mundo ao redor e tudo isso consegue afetar de forma esplendida o jogador fazendo com que ele sinta a historia de uma manteira unica. Os personagens na tela parecem estar realmente vivos e demonstram emoções diversas as situações que passam alem de interagirem constantemente um com o outro. Joel e seu jeito carrancudo e fechado mas que aos poucos vai se abrindo com uma Ellie inicialmente mal encarada que demonstra na verdade ser extremamente brincalhona e divertida. Falando em Ellie, ela é o que faz o jogo funcionar, a forma como ela age, como ela anda pelo cenário interagindo com os objetos a sua volta, as falas e conversas, tudo isso acaba conquistando o jogador e dando a sensação de que a garota é um ser humano real e estamos vendo um filme e não jogando algo.

   Em termos gráficos TLOUS demonstra a que veio logo na primeira CG do jogo e quando assumimos o controle do personagem ingame ficamos espantados por alguns momentos com oque vemos. A respiração, as expressões e jeitos, a interação com o ambiente, tudo é extremamente bem feito e em conjunto forma algo incrível. A dublagem do jogo é impecável e combina perfeitamente com os personagens e demonstra o apoio que a Sony tem dado cada vez mais ao mercado brasileiro localizando completamente todos os exclusivos da plataforma. O ambiente extremamente bem detalhado é único e o jogador nunca vera duas casas iguais, essas alias que possuem historias próprias, lembranças e marcas dos moradores de uma era pre apocalíptica. Vemos quadros, cartas, objetos e lembranças que nos fazem imaginar o que as pessoas que moravam ali eram e onde estão agora. O mundo é vivo e habitado por diferentes criaturas e com o tempo o jogador vai aprendendo a identificar locais suspeitos, locais desabitados e a se orientar em meio as ruas das cidades desertas e florestas fechadas. O mundo em si, agora tomado pela natureza, conta uma historia própria e unica que foi construída com esmero pela ND como nunca antes se havia visto em um jogo. 
   

 No decorrer da aventura enfrentamos diversos tipos de infectados que se tornam mais fortes segundo o tempo de infecção e cada um possui seu próprio estilo de combate e individualidades. Os Corredores, ou Runners, são inimigos no primeiro estagio de infecção e mantem feições humanas em sua maioria. Sua visão ainda funciona e a audição é levemente apurada. Eles podem te ver e ouvir sendo necessária uma abordagem mais cuidadosa e manter-se oculto nas sombras. Apesar do perigo são inimigos relativamente fáceis de se abater mesmo em grande quantidade. Os Estaladores são um assunto diferente, tendo o rosto deformado pelo fungo eles perderam completamente a visão mas possuem uma audição extremamente apurada. É possível andar com cautela em frente de um deles sem que atraia sua atenção porem qualquer movimento rápido vai fazer com que o inimigo imediatamente corra em sua direção e caso o jogador seja pego por um estalador a menos que tenha feito determinado upgrade ou possua uma faca no inventario é game over imediato. Os vermes são o estado de infecção mais avançado e possuem um escudo natural alem de diversos tipos de ataques tóxicos. Extremamente resistentes apesar de não causarem morte imediata também não morrem fácil. Em todos os embates entre Joel e os infectados é necessário andar com cautela, modo onde Joel pode "escutar" os passos dos oponentes através de portas e paredes podendo assim se precaver de algum ataque e preparar uma estrategia, fator que alias foi muito bem feito e nos fones certos ou home theater é possível realmente saber a direção do oponente simplesmente escutando seus movimentos, e então atacar cada um de forma rápida e implacável. Alem dos infectados a dupla de protagonistas enfrenta também diversos humanos, ladroes e canibais ao longo da aventura o que demonstra o lugar frio e implacável que o mundo se tornou e como isso afeta uma garota inocente como Ellie. É interessante ver como a experiencia ganha na viagem muda o temperamento e ações da garota. Estas pessoas dão lugar ao combate furtivo para uma troca de tiros desenfreada onde ganha quem ficar em pe por ultimo.


   Alem do sistema de combate furtivo o jogo possui um sistema de craft de itens utilizando diversos objetos encontrados por Joel e Ellie ao longo do caminho e também um aprimoramento de armas e habilidades dando ao desenvolvimento da historia um Q de RPG e também a sensação de evolução. É interessante como a ND tomou cuidado ate mesmo nesta parte em distribuir os itens nos lugares certos, por exemplo uma bandagem que nunca sera encontrada em uma lata de lixo e sempre esta ou na gaveta da cozinha ou no banheiro. Quanto mais a historia progride mais vemos o estado de decadência humana e ate mesmo Joel é brutal e implacável sem hesitar em esmagar a cabeça de outro humano contra uma parede ou qualquer outra atitude de violência extrema ao pondo de fazer Ellie se queixar se tudo aquilo é realmente necessário e se ele tem de matar todos desta forma. 



   The Last of Us é impressionante em diversos aspectos porem sua historia imersiva e seus personagens extremamente bem construídos são únicos e fazem com que o jogo seja ainda melhor. Ousaria dizer que nunca antes um jogo conseguiu atingir um nível tão alto de ligação entre o jogador e os personagens superando ate mesmo cenas icônicas como a de Aerith em Final Fantasy 7 ou diversas outras que ficaram eternizadas na mente dos jogadores. Compra obrigatória para todos os donos de Playstation 3 The Last Of Us não apresenta quase nenhum defeito e se aproxima da perfeição possível em um videogame da sétima geração. 
   
-A.J-

   


Alan Wake

TITULO: Alan Wake
GÊNERO: Survival Horror
DESENVOLVEDORA: Remedy Entertainment
SUPORTE: 1 Jogador
LANÇAMENTO: 14/05/2010
MÍDIA: Digital/Fisica
PLATAFORMA: X360/PC




   Em 2005 na E3 a Remedy Entertainment espantou os publico com sua nova entrada no mundo dos games. Nada de Max Payne, nada de Death Rally, uma IP totalmente nova foi demonstrada como exclusiva do Xbox360 e ganhou a atenção dos jogadores por suas inovações em termos de história e mecânica de jogo. Apesar do anuncio de 2005 somente cinco anos depois Alan Wake chegou as prateleiras e logo em seguida em 2012 perdeu sua exclusividade para o xbox abrangendo um público ainda maior. Veremos agora se os cinco anos de espera valeram a pena ou não.



   Tendo experiência em jogos de tiro em terceira pessoa com Max Payne 1 e 2 a Remedy inovou a formula já apresentada criando uma história intrincada e interessante e uma mecânica de combate que deixa para trás os tiroteios desenfreados e prioriza a tática utilizada durantes os encontros com os inimigos. Alan Wake, personagem que empresta seu nome ao jogo, é um renomado escritor que está passando por um bloqueio criativo que já dura dois anos após o lançamento de seu último livro. Envolto em escândalos de violência e perseguido pela mídia Alan e sua esposa Alice procuram tirar férias na então aparentemente pacata e tranquila cidade de Bright Falls. O lugar é cercado por florestas, montanhas e lagos, fatores que além da própria cidade em si criam um ambiente perfeito para uma história digna de Stephen King que aliás é frequentemente citado durante o jogo e também no qual toda a trama se inspira.

   
   Apesar de simples e acolhedor Alan não demora a descobrir que existe algo maior naquele lugar, algo que vai além de seu controle e acaba se vendo envolto em mistérios e situações que parecem estar diretamente ligadas a ele. O inesperado desaparecimento de sua esposa desencadeia uma série de eventos sobrenaturais que colocam Alan no veio da luta entre a luz e escuridão. Munido inicialmente de nada além de uma lanterna e um revolver Alan que não tem memorias da última semana de sua vida procura por sua esposa enfrentando criaturas da escuridão enquanto segue páginas de um manuscrito supostamente escrito por ele na semana perdida. O desenrolar do jogo ocorre de forma semelhante a jogos como Silent Hill ou Resident Evil 4 onde o foco deixa de lado a ação desenfreada e coloca o jogador em um clima de insegurança e vulnerabilidade fazendo com que cada passo dado e cada tiro disparado seja previamente pensado para não causar arrependimentos posteriormente.

   Possuindo uma arte gráfica extremamente verosímil e animações muito bem feitas o jogo se destaca como um dos mais belos do gênero. Os efeitos de iluminação são um dos pontos altos do game e frequentemente fazem o jogador parar para admirar o local onde se encontra. Assim como a parte gráfica a trilha sonora contribui para criar um clima de mistério e suspense que torna a experiência ainda mais imersiva.

   As mecânicas de jogo à primeira vista parecem ser as mesmas já conhecidas porem um novo elemento tático é adicionado a mistura, a lanterna, que permite a Alan destruir a escuridão em torno de seus inimigos deixando-os vulneráveis as armas de fogo. A luz é um elemento central aqui e frequentemente o jogador vai se ver suspirando de alivio ao encontrar um poste iluminado ou uma casa com luzes acesas, locais onde os inimigos não podem entrar. 


   A princípio a estratégia de mirar com a lanterna e posteriormente atirar parece ser simples porem o fato das pilhas da lanterna serem escassas e os inimigos passarem a vir em grande quantidade fazem com que pensemos bem em qual deles devemos matar ou até mesmo se realmente devemos gastar balas ali ou usar a lanterna para atordoar os oponentes até chegar a um local seguro. Apesar de não apresentarem uma variação grande as criaturas que povoam a noite do jogo garantem um bom desafio seja na terra ou no ar e podem ser mortais caso enfrentadas da forma errada.

   Entre os combates enfrentados por Alan é possível explorar o cenário onde conhecemos um pouco mais da história local e pegamos itens uteis a aventura ou colecionáveis, além de caso encontremos uma das diversas televisões espalhadas pelo mapa podermos ver os episódios de uma serie fictícia chamada “Nigth Sptings”, uma clara referência a “The Twilight Zone” que é também uma das grandes inspirações do jogo e explica/demonstra a ocorrência de diversos eventos sobrenaturais. O próprio jogo em si é estruturado no formato de um seriado de televisão sendo dividido em “episódios” cada um dos quais possui uma intro própria demonstrando a história até aqui e um preview do episódio seguinte ao final.




   Iniciando com um mistério inexplicável e culminando em uma luta épica entre luz e escuridão Alan Wake prende o jogador na frente da tela com uma história profunda e bem construída e ambientações extremamente imersivos. O resultado de cinco anos de espera é extremamente satisfatório e um dos únicos defeitos encontrado no game, se não o único, é sua curta duração de 10 horas aproximadas mas que são estendidas com os dois dlcs lançados. Um jogo como não se via a anos na área do terror e suspense Alan Wake é um jogo obrigatório para fãs do gênero e até mesmo para aqueles que querem apreciar uma boa narrativa.


-A.J-